
Empatia se aprende, e ensina
Se fossemos definir a empatia, poderíamos dizer que é a habilidade socioemocional de se colocar no lugar do outro, sentir como ele. Uma expressão bem conhecida do inglês para exemplifica-la é o “walk a mile in someone else`s shoes" - andar uma milha com os sapatos do outro, antes de julga-lo. Quantas vezes a gente não se percebe sorrindo quando nosso filho alcança algo que deseja muito, ou fazemos uma expressão de dor quando alguém leva um tombo, por exemplo? É a empatia em ação!
Os responsáveis cerebrais por esse processo, são os Neurônios Espelho, descobertos pelo neurofisiologista italiano Giacomo Rizzolatt e outros estudiosos. Esses neurônios “ativam” no nosso cérebro, as mesmas áreas emocionais daqueles com quem estamos empatizando. Assim, quando vemos uma cena de dor, nossos circuitos neurais de dor são ativados, espelhando a dor do outro.
Embora a maioria de nós nasce com essa capacidade de sentir empatia (isso mesmo, a neurociência já comprovou que nascemos com a capacidade de se colocar no lugar do outro!), essa habilidade precisa ser aprendida e praticada – e nada melhor que a família para ajudar as crianças a se tornarem mais empáticas.
Aí vão quatro formas de trabalhar a empatia com nossos filhos:
- SAIA DA BOLHA
Frequente lugares e contextos diferentes daqueles que estão acostumados. Isso nos ajuda a perceber que existem outras formas de viver a vida!
- AJUDE A FORMULAR PERGUNTAS
Guie a criança até que ela comece a se colocar naturalmente no lugar do próximo. “Como você acha que ela se sentiu?”, “O que você acha que ele está pensando?”.
- FALE SOBRE SENTIMENTOS
Quando, na família, não há abertura para falar sobre os sentimentos, fica mais difícil para a criança se colocar no lugar dos sentimentos dos outros. Fale sobre os seus sentimentos e dê espaço para seus filhos falarem dos sentimentos deles.
-FILMES
Assistam filmes com as crianças, que mostrem contextos bem diferentes dos seus. Isso amplia os horizontes e nos ajuda a pensar de outros pontos de vista.
A empatia precisa ser praticada com frequência,para que se torne um hábito natural. Nunca perca uma oportunidade de pratica-la e de mostrar para seus filhos maneiras saudáveis de se conectar com os outros!
Texto por Bárbara Olsen Cecatto